quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Incertos segundos


Cada segundo alongado torna o estado presente, e passado, maior. Período cada vez mais longo, sem expectativa de término. Duração indefinida que impede qualquer certeza sobre algo que não seja passado. Com uma convicção real, diversas dúvidas inescrupulosas, a falta de discernimento sobre o que realmente acontecerá e a impossibilidade de descobrir o que fazer. Imaginar o presente como tempo e contexto certo faz muito sentido, não só por estar vivendo-o mas também por todas as coisas que cercam esse viver presente. Passado quase distante, ainda digno de remorso e arrependimento, cuja lembrança acaba tornando sensata a impressão de que não teria sido o que hoje pode ser. Imaginar erros longe do presente em direção ao passado, cujas marcas na lembrança são feitas pela angústia de nada poder fazer é fácil, e condiz com o que hoje é motivo de reflexão.  Impossível retirar explicação inútil e justificativa estúpida do meio disso, ou seja, é desnecessário querer ir contra toda essa verdade que jamais deveria ter sido coisa qualquer, menos ainda uma falsa verdade. Entretanto, sentir a falta de, imaginar-se, e ter a convicção de que, remetem a complementos diferentes dos que complementavam essas frases pessoais no passado. A dura e sofrível admissão do que vinha a estar, o que outrora remetia ao próprio ego, buscando uma salvação alheia para então salvar a própria alma, hoje remete à salvação de qualquer alma, qualquer coração ou, em menor escala, qualquer mente, para então conseguir, com muita misericórdia Divina, salvar a alma, e consequentemente o ego. Não que a salvação do ego esteja sendo importante nos últimos, sei lá, 15 meses. E não, também, que alguém em especial não seja o verdadeiro motivo de todo esse pensar, dessa análise um tanto improdutiva porém instigante.

De tudo a mais ou menos, não consigo imaginar a minha vida sem o motivo dessas, e de tantas outras palavras que escondem algo que é muito maior do que qualquer outro algo que outrora tenha me motivado. O meu presente, sendo estado de vida ou recebimento por qualquer razão(quem sabe uma boa vontade do Criador) seria sim, aquela que há muito tempo deixou de ser também uma razão, concentrando-se apenas em uma emoção. Sendo, (ah não!) então, A emoção.