quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Uma grande quantidade de nada

(O amanhã colorido - Cidadão Quem - trilha sonora do texto e da(com boa vontade) reflexão de hoje. Ótima música e ótima letra)

*Para sonhar é preciso apenas viver. Mesmo que o sonho não se possa viver. E mesmo que o viver não passe de um sonho.

Muita coisa já escrevi, já apaguei, já lembrei e já pensei.

Tanta coisa que não sei de mais nada. Como nunca soube de tudo. E nunca saberei.

Nunca precedido de verbos no futuro é algo perigoso e, no mínimo, impreciso. Seja qual for a pessoa. O verbo. O nunca.

Porque o nunca nem sempre é nunca. Assim como o sempre também não o é por completo.

Exceções, malditas e benditas exceções.

Tempo que não será assunto hoje. Não intencionalmente.

Porque acho que todos já sabem que eu tenho uma raiva imensa do tempo. E pena daqueles que nele, ou seja, no tempo confiam.

E não é só por esperar e não viver. É por achar que o tempo vai fazer aquilo que a própria pessoa precisa fazer.

Comodismo? Não. Sinceramente, é falta de vergonha na cara. Falta de coragem, de sinceridade, de vontade.

Eu disse, o tempo não deveria estar aqui.

Porque ele não é o culpado pela volta de alguns problemas que eu tinha, e agora voltei a ter.

Olhar para o chão enquanto falo com alguém ou alguém fala comigo. Falta de educação? Não. Problemas relacionados à timidez.

Tique nervoso no pescoço cada vez mais intenso, cujas dores musculares(óbvio, no pescoço) são cada vez maiores. Engraçado? Não. Irritante e inexplicável.

Um aumento progressivo na ansiedade, sem motivo algum, e na preocupação, que não é com a necessidade de notas ótimas em provas tiradas do inferno.

Voltaram. Ou começaram. Piores do que eram, do que outra haviam sido.

Frases. Voltas, mudanças.

Continuo na mesma. No nada. Num deserto de tudo e nada. Só não consigo achar o tudo.

No meio de um oceano. De desilusão? Talvez. Talvez seja um oceano de desmotivação. Tudo tão parado, a água, o sol, o vento.

Sem rumo, sem destino, sem saber onde estou. Perdido.

Em mim.

O que era ruim piora.

E o que alguém pensa que mudou continua a mesma coisa. E, sabe-se lá o mente que deveria colocar aqui, acaba aumentando.

Talvez esse aumento, sem percepção, sem valorização, sem retribuição seja o pior.

Talvez.

Porque se eu não sei nada, ou quase nada, não posso, ou não é provável, saber.

Lamentação. Mais do que tristeza.

Desmotivação, mais do que pareça.

Frases. Recurso muito utilizado no passado e só re-utilizado agora porque o texto escrito antes havia ficado terrível.

Enfim.

Deve haver um propósito nisso tudo. Escolheria sempre o mesmo caminho, quantas fossem as vezes repetidas.

Sempre o mesmo caminho porque algo maior existe sim.

E só um cego, ou alguém que se faz de cego, não vê, e não... entende(ou qualquer coisa do tipo "cai na real") o que é isso.

Depois não entende por que tanta coisa ruim vinda de mim.

Não esperem nada de mim. Nem um texto bom consigo escrever. Nem um pensamento bom consigo.. pensar. Nem um sonho bom consigo imaginar, que dirá realizar.

Se bastasse a inconformidade, a vontade e a sinceridade, eu não estaria aqui. Se bastasse qualquer razão, qualquer motivo, qualquer prova, eu não estaria aqui.

Por mim, e também não por mim.

7 comentários:

Taw disse...

Texto você consegue escrever... Definitivamente... -.-

;-P

tu é jovem!!!! Vamos!!! Vamos!!! xD

Nem sempre temos sensação de vitória, mas ELA sempre houve, só temos que estar NELA... xD [acho]

:-P

hehe... to escrevendo, mas num sou todo-poderoso não... xD rsrs... to cheio de trapo na cuca tbm rsrs...

é nóis!!! Nóis consego!!!

;-P

Érica Ferro disse...

Você, Manfio, adora me descrever.
Okay, você nem adora me descrever.
O negócio é que você descreve sem querer.
Deve ser porque o que se passa aí dentro de ti, em partes, também se passa em mim.
É um alento pra mim ler seus textos.

Um abraço.

P.s: Hahaha, sim. Tenho certeza. É do Nivaldo Pereira. Grande cronista e escritor.

Jééh disse...

eu não sei bem o que dizer, afinal nunca fui boa com as palavras mesmo(ou fui), mais vamos lá, acontece que quando temos que meter o bedelho na vida alheia nunca nos falta criatividade pra isso, mas quando a coisa é gente, não achamos palavras, talvéz seja porque os outros nos vêem melhor do nós nos vemos, então a questão se resolve da seguintte forma, vamos ficar frente a um espelho até decorarmos todos os minimos detalhes do nosso ser,dai vamos escrever sobre isso ^^

Nati Pereira disse...

Cheio de contradições, adorei. Beijos

Mariana Andrade. disse...

e é como diz a canção: "eu, caçador de mim".
eu me caço, me furto, me pergunto.
e no final, são sempre os dois extremos, o sim e o não, a resposta e a bendita-maldita pergunta que não quer calar.
e, mesmo que a escolha pareça óbvia, não o é.

incrível como teu texto me traduziu.

beijo grande ;*

k. Ferreira disse...

sabe de uma coisa? a vida pode ser uma bosta as vezes, deve ser normal. Ou melhor tem que ser normal rs..Só quero que saiba que quando entro em meu blog e vejo seu comentário fico feliz. Então nem vem com esse papo deprê guri. Você, mesmo não me conhecendo e eu muito menos te conhecendo, faz diferença na minha semana! bjs e só pra constar eu também tenho raiva do tempo! rsrs

ana. disse...

Tem tanta frase clichê sobre sonho, que nossa... Não sei o que é mais patético, se as frases ou se quem se ilude com elas.

Texto engraçado, passa choque de realidade e ao mesmo tempo um 'plano superior (ou inferior, dependendo do ponto de vista)'

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E ah, não acho que 'nunca', 'sempre' e afins tenham exceções. Quando abrem margem pra exceção deixam de ter sua definição de totalidade.

Como diz meu professor (nada normal) de Raciocínio Lógico: "Ânimo!".

Bjs, bom final de semana.