segunda-feira, 30 de julho de 2012

Pedaços de um pensamento (51)

Enquanto a onda explicada pela - muitas vezes citada anteriormente - lei da ondulação parece estar acendendo agora, consigo ter um pouco mais de clareza no pensar. Mais como verbo do que como ação, prática, porém basta. Por enquanto basta. Antes que isso acabe, a maré suba, a onda desça e nada tenha sido feito, é bom poder olhar para fora - pela janela fechada em virtude do frio - e ver que o céu continua azul mas, por enquanto, um azul claro, alegre.

Inevitável constatar que muito do que foi, e ainda é, não o deixará de ser por questões filosóficas e até mesmo poéticas. Não há intensidade e, claro, não é como um dia foi entretanto, ao seu jeito, é pelo que sempre foi e está marcado na história. Minha história. Deixar para trás o necessário já foi feito e o que ainda continua ganha ares de 'prêmio' por jamais ser indiferente às alegrias vividas.

A vontade é, sim, de falar, de perguntar, sem qualquer intenção que não seja a de acalmar as naturais preocupações. 'Como está' e 'quanto tempo' seriam óbvias demais, talvez depois de um pedido simples e, quem sabe, desnecessário. Não há medo, nem receio... há apenas... cuidado.

Assim como certas coisas são melhores quando ficam para trás, esquecidas, essa talvez deva continuar somente na imaginação, na preocupação, na lembrança. Querer trazer à tona algo que, muitos dias atrás, terminou sem necessidade clara e manifesta pode significar a necessidade de um risco gigantesco sobre tudo o que possa ter sido passado, no passado.

Enquanto isso, sem peso qualquer nos pensamentos, fico tranquilo ao ver que, ao menos aparentemente, não tenho com o que me preocupar.

Ver que há sorrisos, espontâneos, tranquiliza e diminui a importância de um possível - e não provável - resgate unilateral.

Possível e provavelmente unilateral.

Acho que tudo está tranquilo. Estou feliz por haver sorrisos, por haver felicidade. 

Feliz.

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