Coisas estranhas costumam acontecer comigo, principalmente quando envolvem pessoas. Na mesma medida que algumas não valorizam parte de passado meu dedicado a elas, outras decidem não querer mais que eu faça parte de suas histórias e outras, bom, outras não estão muito interessadas em fazer parte da minha, há também pessoas que ressurgem depois de anos e, indo contra a lógica racional, vem ao meu encontro, para um cumprimento educado, simpático e de muito bom gosto. Bem ou mal, não sei, não passa disso e... isso não me preocupa nem um pouco porque, afinal, não é de ocasionais que quero viver. O legal desses acasos, ilógicos, é que consigo rever pessoas bem legais, que há tempos não via e que duvidava que fossem lembrar da minha existência. Tempos passam, pessoas vão e vem e ainda assim algumas pessoas lembram-se de mim como se fosse um grande amigo há tempos distante. Talvez um dia venha a sê-lo porém, antes disso, há uma certa satisfação por ter, mesmo que de forma ínfima, significado em lembranças dessas pessoas. Várias vezes isso aconteceu e hoje, ou melhor, ontem, foi mais uma delas. Sem segundas intenções, sem qualquer fantasia boba e imatura e, muito menos, sem o desejo de que aquilo seja muito mais do que foi. O que é bom em reencontrar pessoas há tempo não vistas é que, querendo ou não, há sempre o que dizer, o que perguntar, mesmo que, de uma maneira ou outra, já se conheça todas as respostas. Incrível também acaba sendo cada pequeno fragmento que passa a existir pois, depois disso, tenho mais uma pequena soma às histórias de reencontros inesperados.
Que não são nada além de reencontros inesperados, divertidos e muito satisfatórios.
Saindo desse pensamento e mudando, rapidamente, para outro, creio eu que mais importante, e significativo.
Estranho também acaba sendo que, em todos os momentos do dia, uma lembrança diferente, uma saudade um tanto inexplicável, acaba se fazendo presente. Quanto mais tento entender o que é, mais tenho receio da resposta, por toda impossibilidade aparente. Não que esteja reclamando da possibilidade de loucura que isso poderia gerar na minha vida e sim porque, afinal de contas, hoje, é loucura por ser improvabilíssimo.
Estranho também acaba sendo que, em todos os momentos do dia, uma lembrança diferente, uma saudade um tanto inexplicável, acaba se fazendo presente. Quanto mais tento entender o que é, mais tenho receio da resposta, por toda impossibilidade aparente. Não que esteja reclamando da possibilidade de loucura que isso poderia gerar na minha vida e sim porque, afinal de contas, hoje, é loucura por ser improvabilíssimo.
Ainda mais complexo é sentir que, no fundo, essa sensação inexplicável é boa. Muito boa. Tão boa quanto as lembranças.
*Kinks é muito, muito clássico.
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