sexta-feira, 24 de setembro de 2010

O vazio de viver e só(16)


Tanto passa, muda ou finge mudar. Tanta palavra que nasce, tanta palavra que morre sem crescer. Faltam razões para as palavras crescerem e terem algum sentido antes de morrer na obscuridade. Querem ser mais do que atualmente podem ser. Idiotas, sem sentido algum percorrem caminho nenhum sem existir de plena e visível ou audível forma. Se pudessem, entenderiam seus porquês. Entenderiam esse grande porquê. Distância enorme, nem tanto ou irrisória. Todas elas como se fossem apenas uma. Semelhante a um cego que precisa escolher um caminho mas não sabe onde vai pisar pois não os vê. Importância alguma tem o fato de ele saber onde quer ir, embora isso não seja uma certeza. Tampouco o que preferem que ele escolha, uma vez que ele é cego e não vê os gestos. Confiança sem ver, tentando perceber a verdade sem poder escolher, de fato. Seguir por um instinto que não segue padrão, patrão ou afirmação. Estúpidas palavras. Pior que elas, só estas, que pouca razão possuem, que pouco sentimento possuem, que explicação desconhecem e cuja existência passa despercebida.

Apenas palavras, apenas um lamento que, felizmente, não quer dizer muita coisa. Talvez seja saudade, talvez seja amor, talvez seja paixão. Talvez não seja coisa qualquer. Sem condicional, probabilidade. Quem sabe até sem possibilidade. Sendo palavras ou não.

Um comentário:

Rebeca Postigo disse...

Todas as palavras têm seu valor, quer notemos ou não...

Bjs