terça-feira, 7 de setembro de 2010

O vazio de viver e só(13)


Entre as palavras e os números. Ou elas ou eles. Entre o idealizado e o concretizado. Apenas um. Entre o que remete a tempos e o que remete a tempo. Com considerável diferença entre ambos. Entre o ideal, ligado ao idealizado, e o distante do ideal, caminho um tanto quanto oposto. Entre média e assíntota. Muito, muito imaginário agora. Alguns passos separam o sonhador e o arrependido do extasiado e insano. Olhos que se olham para trás e veem o que poderia ter sido ou foi. Distante de um mundinho já não mais real. Já não mais exato. Já não mais verbal ou numérico. Passos acima e abaixo, ao lado pontual e oposto, jamais adentro. Tanto menos afora. Não há como voltar, tampouco escolher uma terceira opção. Dentro da razão o sentimento. Quem sabe vice-versa aqui ou acolá. Tanto faz. Perdido no entre afastado passos ou quilômetros de um e outro. De direita ou esquerda, sem o denotativo intuitivo. Não é o braço que avisa para onde vai. Não são os olhos que avisam para onde vão. Nem a mente. Nem o coração. Razão, emoção, qualquer forma que destoa do que se pensa ou sente. Nada, repito, nada disso escolhe entre um ou outro. Nada disso avisa, sabe, intui ou mesmo imagina para onde vai. Nenhuma dessas possibilidades, dessas frases ou números, no infinitivo ou de sete em sete. Nada, ninguém. Quem sabe uma nuvem, quem sabe um vento. Quem sabe um caminho que cai do céu ou empurra os que estão no meio do entre para o lado. Direito ou esquerdo, não importa. Quem sabe está complexamente perto e longe daqui. Quem sabe não é quem escreve, menos ainda quem lê. Saber, conhecer, imaginar, nada. Nem ao menos sonhar mais é possível. Nada disso faz ou deixa de fazer sentido. Nem real ou irreal, nem ideal ou real, nem braço, olho ou pé. Nem mente ou coração. Nem ilusão. Muito menos sonho. Nada disso define uma escolha, uma opção, uma definição. Nada disso faz sair do meio. Nada disso distingue entre a lembrança e a lembrança.

2 comentários:

Rebeca Postigo disse...

Entre tantas palavras que poderia usar não consigo encontrar uma sequer que consiga descrever o que senti ao ler teu texto maluco...
Hehehe...
Portanto acho que o silêncio será mais sábio...

Bjs

' Ireth Isilra disse...

Oieee, sempre assim, do mudou nada suas postagens, maluquetes, hahahaha!