domingo, 16 de agosto de 2009

Mais um na madrugada

O que eu estou fazendo aqui? 
Penso e não acho resposta. 
O fim da estrada que nunca passou de um sonho. Distante e inalcançavel. 
Obstruída por coisas que não vejo, e que, dizem por aí, são as piores coisas possíveis. 
Não posso ver. 
Não me deixam. 
Estou preso dentro de mim. 
Melancólico e deprimente término de um ciclo que, no fim, nunca deixou de ser um zero. 
Até onde consigo ver, enxergo rosas e lixo, muito lixo. 
Lado a lado. Misturados por jardineiros inconsequentes. 
Ninguém sabe de onde vem o perfume ou de onde vem o mau cheiro. 
Sou incapaz de distinguir isso. 
Sou incapaz de ver isso. 
Sou incapaz de separar o lixo das rosas. 
Sou incapaz. 
De tudo e de nada. 
Estou parado. Olhando ao meu redor. 
Tentando escolher por onde começar. 
Mas não consigo sair do lugar. Meus pés estão presos. 
Minhas mãos atadas. 
Meus olhos são vendados periodicamente. 
Minhas orelhas estão trancadas com fones que tocam a mais depressiva das músicas. 
A minha cabeça já não consegue mais pensar. 
Meu coração parou de bater.

Fim. Do que não começou, e do que não vai acabar.

*isso é ridículo, eu sei

3 comentários:

Paulo Araújo disse...

Ê... Vinicius.

Os teus textos parecem poemas sem rimas. Escritos tão estupidamente complexos quanto modestos.

Pareces um Carlos Drummond de Andrade da prosa.

Isso faz sentido pra você?

Eu sei. Pra mim também não.

Roberta disse...

Passando para agradecer a visitinha!

Também tenho tudo.. Orkut, Blog, Twitter, Blip.fm e o Facebook foi minha nova aquisição!

Preciso é de um cérebro novo pra poder cuidar de todo o meu mundo virtual! hehehehe.

Ganhou mais uma seguidora!
Boa semana!

Beijoss ;*

Anônimo disse...

e somos tão assim né?
eu tive meus momentos.
mas hoje sou de paz em paz

aquele abraço.