domingo, 9 de agosto de 2009

Até quando esperar? Até onde aguentar? Pra que lado ir?

Por que se conformar com apenas dois caminhos?

Ou

Por que não agradecer pelos caminhos serem dois, e não apenas um?

O otimista gosta da segunda, o pessimista da primeira. O conformado, o de bem com a vida, fala a segunda. O inconformado, o decepcionado com alguma coisa fala a primeira.

Quando os caminhos são dois, há de se agradecer. Porque geralmente um caminho apenas não é bom. É como o autoritarismo, totalitarismo, ou qualquer outro ismo em que alguém manda(sozinho) e o resto apenas obedece.

Mas quando são dois os caminhos, por que não querer mais? Por que não pensar que as possibilidades poderiam ser outras, que os destinos poderiam ser outros, que a vida seria outra se houvessem dois caminhos a escolher?

Também porque mais de dois caminhos, tanto escolhendo o certo quanto o errado, lhe decepcionaria menos. Se houvesse decepção. Porque se você acerta, eram várias as opções e você escolheu a certa, independentemente do motivo que motivou-lhe a escolher assim. Se você erra, eram muitos caminhos, difícil demais descobrir o certo apenas vendo o começo do caminho, sem saber se haviam cobras, buracos ou avalanches nele.

Pior ainda é não ter caminhos, mas por mais que você esteja trancado, haverá (quase) sempre dois caminhos. Ou você desiste de lutar, porque não há saída, e entrega-se àquilo que te prende, ou luta, tentando sair dessa prisão, seja qual for.

Não sei se ainda tenho dois caminhos. Não sei se tenho apenas um caminho. Não sei se tenho mais de dois caminhos. Não sei.

Assim como não sei onde está a minha cabeça. Onde está parte da minha espontaneidade. Onde está parte da minha sinceridade.

E o pior de tudo, não sei onde está a maior parte 
da minha INCONFORMIDADE.

Quase desistindo. 

Não por falta de força, de coragem, de vontade, de sinceridade ou sentimento. Desistindo porque percebo que não adianta escolher o caminho da persistência, da inconformidade, para ter de voltar para casa logo após ter chegado ao meu destino, sem ao menos poder apreciar o que me fez atravessar o caminho.

Isso tudo me parece tão estranho... acabar desistindo, mesmo tendo lutado. Sentimento de "não tentei" não haverá. Mas aquela tradicional "que droga, não deu" não vai sair da minha cabeça tão cedo. 

E talvez nunca saia.

O fim. Espero que seja apenas o fim do texto.

3 comentários:

Atreyu disse...

Sinceramente falando acho que já experimentei isso que você descreveu aí em cima... mas acho que devemos seguir nossos caminhos sendo nós mesmos. Foi sendo assim que fiz amigos e achei o meu lugar...
Não entrei em grupos, panelas... ou sei lá...

... disse...

ah é sim. uma música cristã.

ah não tem que agradecer,não meesmo!
eu só quis parabenizá-lo;

beeijos.

SiL disse...

q lindo q ficou o blog.. bjus vini