sexta-feira, 10 de julho de 2009

O tempo, a vida e uma pergunta. E aí?

(a música é um complemento bem subjetivo do texto. Além de ser uma baita música, claro.)
Nenhum de Nós - Sobre o tempo

Sabe aqueles momentos da vida, de todos aqueles que muito mais do que possuir vida buscam viver(embora haja contradições pessoais nisso), em que há uma pausa, uma autorreflexão(?) breve e uma simples pergunta para si mesmo. Algo simples, como um "E aí?".

São duas 'palavras', três letras, um ponto de interrogação. Um significado muito maior implícito nisso tudo. Uma pergunta que pode destruir a mente de alguém despreparado para respondê-la ou pode, no mínimo, causar mais algum, talvez muito, transtorno de reflexão para e por consigo.

Responder o "e aí?" originário de uma reflexão psicológica sobre algo, provavelmente sobre a vida, o tempo e tudo aquilo que liga e que está entre os dois, é uma das piores reflexões pelas quais um ser humano pode passar. Se a vida, o tempo, ou ambos, não te ajudarem nesse pensamento todo (que, convenhamos, serve apenas para que o tempo mostre que é o tempo e para que percebamos que a vida é a vida, literalmente), não há o que fazer a não ser sentir-se decepcionado com a merda pela qual estamos passando aqui na Terra.

Se um dos dois, ou mesmo os dois, ajudar mesmo, a coisa não vai ficar tão ruim. Por que? Sempre há uma porcaria de um triste soneto mental ecoando pelas cabeças pensantes de todos aqueles que sabem que a vida não deve ser apenas a vida, mesmo que ela, a vida, e ele, o tempo, façam com que a vida seja apenas a vida e o tempo um agravante da dificuldade da mesma se transformar em verbo. No viver, claro.

Alguém já olhou(subjetivamente falando) e perguntou para si mesmo "E aí?". Não sei. Mas aconselho quem não o fez, ou quem já fez e conseguiu passar por isso sem muita dificuldade, a não fazer. Porque facilidade com essa pergunta é única. Se existir. E achar que a vida e o tempo são mais do que, invariavelmente, são, é a mesma coisa que achar que a vida vai te trazer alguma cosia se você for correto, que o tempo vai te trazer aquela pessoa pela qual tu dedicas sentimento mas não recebe nada em troca e que buscar alguma coisa vai ajudar nisso se um dos dois, a vida ou o tempo, não colaborarem.

Complexo?

Não. Simplesmente simples. Com o perdão da redundância.

Maldita vida, maldito tempo, maldito seja eu, que nunca consegui nada, esperando da vida ou do tempo, ou mesmo buscando. Não.

Maldito seja aquela porcaria de pergunta que fiz a mim mesm: E aí?

(Faltou um: "Maldito livre-arbítrio", para que eu pudesse rir)

6 comentários:

Anônimo disse...

O pior de tudo é quando você precisa dar uma notícia trágica, chocante ou que vai decidir seu futuro (ou o futuro do próximo), tendo que responder o "e aí?"

É tenso, amiguinho!

;**

Anônimo disse...

TEnso mesmo. rs.

"E agora?"

=/

Cammy S. disse...

Não gosto dessa pergunta!
"é uma das piores reflexões pelas quais um ser humano pode passar"

Unknown disse...

Nossa, bem comovente o texto. Mas um dia, o "e aí?" tem que ser respondido, não?

Gabriela disse...

é horrível! o pior é que eu ainda não consegui achar uma resposta pro meu "e aí?",joguei muito tempo que poderia ter curtido fora,pra tentar achar soluções,mas acabei desistindo,talvez a gente descubra ao decorrer das situações que vivemos.

Marília Gehrke disse...

Oi Vini!
Gostei da tua reflexão, uma solução simples. Não ousaria me perguntar "e aí?". Simplesmente fico sem resposta.
Se tiver twitter, à vontade:
www.twitter.com/ironiaiminente
Beijos.