terça-feira, 26 de novembro de 2013

Pedaços de um pensamento(78)

Ultimamente tenho pensado que boa parte disso, ou daquilo, tem sido de uma banalidade desnecessária e, sob algum aspecto, nojenta e infantil. Ao meu ver, naturalmente é meu se eu escrevo, as nuvens no céu, vagando empurradas por ventos oriundos de diferenças entre massas térmicas - ou algo próximo disso - tem muito mais razão em ser do que boa parte do que tem sido à partir de mim, das minhas palavras, ações, enfim, mais sentido do que boa parte do que está inserido no meu pessoal e intransferível tempo.

Outrora a raiva tomava conta. Banal e fútil raiva. Doente raiva. Desnecessária e inevitável raiva. Se o processo fosse mais rápido é certo, e quando digo que é certo aposto que beija uns 90 porcento facilmente, que haveria em algum lugar de mim - que não sei precisar por estar longe dessa área do conhecimento, e com preguiça de digitar no sabichão Google, que, covarde, provavelmente me levaria para a Wikipédia - algo como uma úlcera, ou sinônimo a esta, em fase de desenvolvimento à vapor.

Nota-se que jogar palavras e criar relações análogas - mesmo que superficialmente - não é tarefa para poucos. Os bons são desenvolvedores mas os gênios são objetivos. Qual era o assunto mesmo? Ah sim, a úlcera.

Dizem que stress causa um bolo de três andares de problemas no corpo humano. Ou pode causar. Ou os cientistas, ou "cientistas", dizem isso só para manter seu status de senhores do saber enquanto nós, mortais - como eles, otários! - tentamos evitar tudo o que nos dizem ser maléfico exceto, é claro, frituras, doces, horas seguidas sem descanso de (insira atividade) e por aí vai.

A úlcera, sim!

Desse mal, ao menos enquanto, não fui premiado à partir de toda raiva que eventualmente habita em mim e tira (de mim, lógico) a paciência e o controle sobre meus pensamentos, sendo esses cada vez mais raros - não tente entender. O ponto é que escapei disso. Uma, duas, dez vezes. Talvez tenha escapado hoje quando habitou em meu ser um desejo imenso de bater na cara daquela v(reticências) que insistiu em ser medíocre e perturbar alguém que merece respeito e afeto.

Escapei. Ou a tal úlcera pode ter começado hoje. Ou retomado o processo abandonado desde o dia em que Deus deu um fim na minha aparente(na época) fase de desejo súbito pelo mal especificamente alheio. Nada que condiga com quem quero ser mas coerente com todas as injustiças vistas. Uma coisa não justifica a outra.

Foi só falar e a tentação de dar um soco na cara de um doente comunista lambedor de Marx voltou. Parei por aqui antes que a vontade de fazê-lo volte.

Nenhum comentário: