sábado, 23 de novembro de 2013

Pedaços de um pensamento(77)


Todas as negativas, últimas, trazem alguma intenção com sigo. O claro sinal de 'ok, podem ir embora porque a festa acabou' não parece ser a causa de alguns problemas que tem surgido. De um jeito ou de outro sempre haverá de aparecer alguma porcariazinha.

Não entendo de onde veio essa sede, ao meu ver insaciável, de indiferença e indisposição para comigo. Mais uma negação para dizer que não sei, de verdade, por posso estar sendo deixado de lado pelos poucos que ainda restavam em um ambiente nada menos do que hostil e desagradável. 'Tudo vem abaixo' seria uma frase significativa se aquilo, onde a indiferença e a mediocridade estão inseridos, tivesse algum valor.

Nem prático ou futurístico. A cada dia o pensamento, de que essa escolha não passou de um erro que insisto em viver há mais de quatro anos, foi errado e grande parte da lama vem da insistência em pisá-la na esperança - será que essa esperança, específica, existe realmente? - de que ela vire um consistente e resistente solo capaz de resistir aos esforços gerados pelas pisadas inconsequentes e algum outro adjetivo que não recordo ao certo. Outra negação no início, nenhuma negação no final. Opa.

Desisti de querer entender por que essas coisas acontecem. Não é a primeira vez entretanto é possível que seja a última. Aguentar até o fim apenas para que ele, o fim, chegue, não parece a pior das escolhas. Negação, de novo, para dizer que tornou-se quase impossível querer que algo de significativo e verdadeiro surja. Parece que tudo é interesse e, agora que não há mais possibilidade alguma de retorno, o que antes parecia tudo logo virou um nada patético e sem sentido.

Como quase tudo naquele lugar. Ah, os passos errados que trouxeram um caminho correto. Que trouxe as grandes chances e que, quem sabe, possa fazer voltar ao lugar onde tudo começou sem medo de estar, mais uma vez, errando.

Erros só são capazes de justificar acertos quando não há prejuízo para ninguém. Embora acabe a minha vida sendo prejudicada, aguento firme por saber que, se consegui começar a caminhar sobre esse barro molenga e, de vários ângulos, nojento é porque sou capaz de continuar até que toda água evapore e a terra fique dura como a cabeça de um jornalista comunista.

Continuarei sem entender aquela indiferença porém, de verdade, não faz mais diferença.

Obrigado pelo que foi. Se dizer tchau, dessa forma, é o que se quer... tudo bem.

Deus abençoe.

Um comentário:

Guilherme Ferreira disse...

Cara, seus textos são sensacionais.