sábado, 24 de março de 2012

Pedaços de um pensamento (41)

Das outras vezes tentei fazer, e acabei fazendo mesmo, coisas que não queria por motivos que, hoje vejo, apenas imaginava. Não em todas as outras vezes, mas em muitas delas, quis fazer além por razões... racionais! Buscava suprir uma necessidade em potencial que, com o tempo, foi desaparecendo. Além do amadurecimento natural, há o ponto certo no momento certo da história. Quando chega a hora de certas coisas serem muito mais do que plano, inconscientemente, compreende-se inconscientemente. E não se admite, com medo de por em risco aquilo que está por vir. 

Problema algum há nisso, nesse ato de disfarçar a alegria para fugir da inveja alheia.

Mais importante é, antes de pensar naqueles que estão ao redor, reconhecer a diferença do que se era quando nada dava certo para hoje, quando as coisas parecem estar dando certo. Erros sucessivos, bobos e que, vendo hoje, foram frutos da ansiedade e da impaciência. Quando pensava programadamente  antes de fazer, escolher e falar, bem, as coisas não davam certo. Todas as vezes em que decidi escolher pela minha vontade como princípio absoluto das minhas decisões, errei e, pouco ou muito tempo depois, passei por momentos difíceis. 

Tudo por não entender que não sou eu quem escolhe.

Dito isso, ações e palavras espontâneas, compreensão de que não é possível, e sequer preciso, doar tudo para receber um pouco que seja. Não há necessidade em demonstrar sempre, falar sempre, fazer sempre algo para provar. Além do mais, agir sempre no limite da aceitação própria faz com que se corra riscos desnecessários, a personalidade fica descaracterizada e os detalhes únicos acabam sendo engolidos pelas regras gerais.

Encontrando em mim características deixadas de lado por motivos infantis facilitou a espera por aquilo que há tempos tentava encontrar. Não preciso de motivos, de explicações detalhadas e teorias. Sequer preciso fazer qualquer esforço para parecer com algo que não quero ser apenas por achar que isso facilitará tudo. Sem pressa e vivendo a minha essência, contribuo espontaneamente para o meu projeto de sinceridade e, com isso, alcanço uma felicidade que, salvo exceções pontuais, nunca tive por tempo contínuo.

Os problemas continuam, as limitações ainda impedem que essa felicidade se expanda para todos os setores da minha vida porém, não tenho mais pressa para que isso aconteça assim como, durante tanto tempo, tive para que pudesse me sentir espontaneamente e irracionalmente bem.

*escrito aos pedaços, sem revisão de coerência e... e... e... fugiu a palavra. Haha

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