domingo, 11 de março de 2012

Pedaços de um pensamento (38)


Encontrar um lembrete, qualquer que seja, em um momento onde as coisas se encaminham, mais uma vez para o mesmo lugar, é motivo suficiente para agradecer a paciência que a Vida num todo tem para conosco. A simples recordação, da maneira que for, de que seguir esse caminho é voltar ao mesmo erro - em lugar e momento diferentes - acaba dando um novo ânimo. Por mais que inconscientemente acabe indo para o mesmo lugar sempre, dar-se conta de que isso não é o melhor - e nunca o foi de fato - é uma esperança de que, algum dia, conseguir-se-á ir para o lugar correto. Erro e tentativa até o acerto não é, em absoluto, a melhor maneira de agir quando não se sabe ao certo o que se quer. Em verdade, é a maneira mais cômoda e covarde que existe para, após a percepção do erro, tirar de si a responsabilidade pelas próprias escolhas.

Obrigado por me lembrar das tantas vezes que o meu pensamento foi muito além de qualquer possibilidade real. É estranho que, apesar de não parecer, esse lembrete condiz muito com a vivência de sinceridade. Não é somente o espontâneo que pode pegar para si o adjetivo sincero. A vontade pelo certo e a consciência, quando verdadeiras, condizem muito mais com a sinceridade do que o espontâneo por si só.

Aceitar e seguir somente o espontâneo é, além de um erro, assumir o banal como fim de qualquer caminho.

E, haverá de concordar que... ele não é.

Um comentário:

Rebeca Postigo disse...

Como é gostoso te ler...
Acho que de alguma forma meus pensamentos estão no mesmo rumo que os teus...
Mas está confuso...
Muito confuso...
Talvez o tempo me mostre o que preciso...

Bjs!!!