Passa o tempo em que você sente necessidade de, a todo custo, entender o que está passando na cabeça de outras pessoas. Passa o tempo em que você sente vontade de esclarecer determinados mal-entendidos. É evidente, portanto, que também passa o tempo em que você fica se culpando por uma coisa ou outra, mesmo sem saber o motivo para essa preocupação... instintiva. Não estou querendo dizer que, depois de algum tempo, você liga o botão do 'dane-se' e o faz toda vez que alguém age de maneira diferente para consigo. No caso, esse tempo passa, aquela necessidade, aquela vontade e aquela preocupação passam porque você deixou de limitar-se a alguém. Desdenho o pensamento que, agora, diz que isso é sempre um erro. Há uma fase na vida onde faz todo o sentido essa busca por tentar ser ideal para alguém. O bom é que isso passa e que ninguém morre por tentar ser alguém melhor por outro alguém em específico.
Quem pede, e não recebe, geralmente sofre, pouco ou muito, com sentimentos próximos da decepção. A negação de uma explicação buscada por alguém interessado em resolver um possível... desentendimento, é a prova de que falta crescimento na origem da negação. Quem não quer, por qualquer motivo que seja, acertar pequenas desavenças, acaba cometendo um erro social grande, mas que não tem muitas consequências visíveis. Além de provar que não tem maturidade suficiente para conversar francamente sem levar em conta pré-conceitos já incrustados na mente, a pessoa que nega uma simples explicação está alimentando o orgulho em sua existência, prejudicando outras pessoas e, de maneiras bem inesperadas, comprometendo muitos futuros fatos a ocorrerem em suas vidas.
Passou o tempo em que, para mim, a culpa de tudo era minha.
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