terça-feira, 11 de março de 2014

O vazio de viver e só(48)

É possível que tudo aquilo que atormenta volte ao mesmo tempo?

Ao que parece, sim.

Eles, os terrores, resolveram voltar juntos, de uma só vez. Lentamente vieram e deram de cara comigo. Ou melhor, dei de cara com eles, elas, o que quer que sejam. Um medo de cair pairou sobre minha cabeça. A lembrança de tempos idos dificilmente melhora as situações no presente.

O passado, de modo geral, é uma tragédia à Shakespeare, ou uma doença à Espanhola - sendo que a morte, embora subjetiva, acabe sendo uma rotina.

Inclusive, não posso deixar de citar, elas, as lembranças, que tem sido um tanto cruéis durante meus raros pedaços de pensamento direito e objetivo. Tem sido consideravelmente difícil lidar com tantos terrores, ainda por cima, sendo vários simultaneamente.

A ideia de recomeço e transformação acaba sendo abafada por tantos fragmentos e mesmo sua junção e consequente compreensão do seu significado, no presente, acabam esvaindo-se.

Bem como o sentido deste fragmento desaparece em si.

Ainda que o resto não seja visível

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