quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Pedaços de um pensamento (79) - O ego e o eu

Já fui mais cético quanto ao mundo que gira embaixo dos meus pés, quanto à sociedade que circula diariamente ao meu redor - exceto aos sábados, quando gosto de cansar a cama, a cadeira do quarto, o sofá e, claro, a porta da geladeira e dos potes de bolacha - e também já fui mais, muito mais, cético em relação à coisas que todo mundo faz e que, por algum motivo, acreditava ser moralmente obrigado - pela minha própria conduta moral - a fazer de um jeito diferente, significativo.

Não que minhas ações tenham mudado muito nesses anos de transição do 'certinho inconformado com o mundo' - paradoxal, obviamente - para algo como... enfim, não sei descrever ao certo o que estou hoje, só sei que ainda gosto de fazer e viver minhas regras morais e não tenho tido lá grande vontade de demonstrar inconformação para com coisa qualquer.

Só que, de uma forma ou de outra, estou deixando de ser alguém radical para com bobagens sociais para ser um... compreensivo para com as coisas alheias. Também é bom evidenciar que sempre fui compreensivo com desabafos e quaisquer atitudes e, portanto, quero deixar claro que estou sendo pacífico também para com atitudes sociais de massa, aquelas que muita gente faz sem nem saber ao certo os porquês, com circunflexos ou, num português popular e semi analfabeto, acentos agudos.

Continuo sentindo-me bem ao fazer o que todo mundo faz, falando o que todo mundo fala mas de um jeito diferente, bem pessoal. É a tal da personalidade excêntrica e um tanto indefinida, um tanto de orgulho - maldito, morra! - e uma colher de mel com hortelã... não, espera, isso é para outra história. Não há muita explicação em mim. Tampouco faz falta. Menos ainda é necessário para qualquer coisa.

O ponto, e finalmente cheguei ao ponto central - ou não - dessa meia dúzia de bobagens, é que acabei por responder todos os recados de aniversário que recebi, mesmo os de pessoas que não tenho QUALQUER envolvimento - exceto o de rede social. É a primeira vez que fiz isso na vida. Talvez o asco para comigo mesmo, aquela sensação de 'o que, afinal, me tornei?', obrigue essa a ser a única vez na vida em que faço isso e tal e coisa. Talvez, não sei. O asco já morreu, quem manda... não, não era assim que eu ouvia na segunda série do fundamental, há longínquos... depois de terça-feira, perdi as contas de quantos anos já passaram.

Achei que seria legal - PARA QUEM, BERINJELA DE PESCOÇO? - responder, ser educado, retribuir a gentileza com outra. É possível que isso seja uma grande bobagem, que esteja de fato beijando toupeiras e caramujos no fundo do poço, que há um chip implantado no meu cérebro... as hipóteses são muitas.

Agora que escrevo essa gentileza, esse tempo gasto... parece ser tão... estou sem palavras.

O que foi que aconteceu comigo?

Se alguém vier falando em 'politicamente correto' ou 'maturidade', bom, vai levar uma solada na cara. - agora sim, um miserável grosso!

Então, algo mais? Não.

Um comentário:

k. Ferreira disse...

Adoro seu jeito de escrever vini.. Não sei, a maneira que vc escreve deixa tudo tão misterioso rs.. tipo: O que será mesmo que ele quer dizer com isso? rsrsrs Não sabia de seu aniversário.. Para ser sincera aniversários são datas estranhas para mim, mas vou ser educada também rs Parabéns! E te desejo todos os clichês alegres e de fundo sincero.

abraço de uma admiradora desconhecida rs