segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Pedaços de um pensamento (77) - Um eu-lírico

Algumas coisas não parecem ter mudado e, pela primeira vez em meses, acho que essa é a primeira vez que posso dizer que isso acaba sendo bom. Tranquiliza saber que o estágio alcançado, com alguma participação minha - positiva e negativa que gerou algo positivo - não foi abandonado e, sim, continuado. É como se quisesse que algo que está distante voltasse só para ver de perto as vitórias que tem sido alcançadas. Não sei se são muitas porém, a manutenção de um nível de atuação, e a visível evolução em alguns âmbitos, trazem à tona uma vontade de estar presente nisso, comemorando e tentando auxiliar para que melhore ainda mais.

O que havia de grande, e profundo, não existe mais. O passado é direto nesse ponto. O que existiu de uma forma hoje insiste em fazer-se presente de outra. Um tanto, muito significativo, diferente. Com menor intensidade no que existia e, portanto, uma descrição completamente diferente da coisa em si, seria bem diferente e, provavelmente, muito mais produtivo e relevante que algo hoje pudesse fazer a voz que ecoa direcionar-se para algo ainda maior, ainda mais abrangente. Ainda mais impessoal.

Não há segredo algum. Queria que existisse amizade. Queria que existisse companheirismo. Nem que fosse do zero, do nada, por nada. Apenas por um querer bobo, frágil e pessoal. Nada do que era, mais do que existe - qualquer coisa é mais do que o nada, isso é um fato, pato. Sem detalhes, sem lembranças, talvez até sem sentimento.

Apenas amizade. Bem, então não seria sem sentimento, certo? Acho que amizade é um amor estranho demais para ser um sentimento. É algo bom, legal, diferente, que ajuda e deixa ajudar, que doa e deixa-se doar. Que, enfim, é amizade. Apenas isso.

Bobamente. Como risadas durante passos incertos para um lugar de sempre. Como pensamentos que não existem, apenas fazem escrever.

Espontaneamente.

*escrito 8 meses atrás, desenterrado sem qualquer significado

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