sábado, 27 de novembro de 2010

Um ponto em lugar qualquer


Por tanto tempo você disse. Escreveu. Tornou conhecidas tais palavras. Demonstrações claras e provas literais de um sentimento. Por tanto tempo recebi e guardei essas palavras. Com muitas dúvidas sim, mas tornava-as bobas e infundadas, pois você me convenceu sempre de que era sim, tudo verdade. Nem mesmo as fortes e concretas constatações de que tudo aquilo poderia ser mentira, que era muito duvidoso que tudo aquilo existisse em meio à essa perdida falta de fatos concretos e não apenas palavras. Fui levado por suas palavras, suas doces e agradáveis palavras. Sorri por muito tempo ao recebê-las. Hoje vejo quão mentirosas são. Verdades não existem em palavras que não são tornadas vida, realidade, verbos no infinitivo, gerúndio ou particípio. Nunca pedi uma prova clara, visível a esses rasos olhos humanos. Apenas pedi que fosse verdade. E você mentiu todas as vezes que confirmou ser verdade o que, hoje concluo não ser. Eu precisava das suas palavras e, admito, hoje continuo precisando, mas não posso mais conviver com elas sabendo quão mentirosas são. Mentiras em cima de falsas verdades, encobertas por um sorriso. Um grande e visível sorriso. Sua vontade era mentirosa. Suas palavras foram mentirosas. Seu sorriso... pelo que ainda há de verdade em você, que o seu sorriso não tenha sido mentira também.



*entristece, tira forças que não tenho por natureza.
Estranho, está sendo e será.
Eu cansei.
E, que se alguém tiver razão, 
que me perdoe por isso 
porém eu não correrei mais contra esse vento, 
tão distante.

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