sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Pedaços de um pensamento (58)

Tento levar adiante um pensamento e...

... logo ele some.

Independentemente do porquê, isso já não causa qualquer temor ou receio. Algo está errado, há muito tempo. O que dificulta, e preocupa mesmo, são os fatores que potencializam esse desaparecimento. Sim, há coisas que influenciam e nenhuma delas tem relação, ao menos não direta, com o motivo - ou os motivos - que desencadeou esse problema.

Porque é um problema, grande, essa coisa de não conseguir raciocinar direito. As pessoas pensam que é exagero, que é desculpa, que é bobagem ou frescura. As pessoas pensam muita besteira e o fato de não conseguir igualá-las, pela incapacidade de completar um pensamento, é o único aspecto positivo desse problema.

Um problema que não tem nome. Que não tem idade. E que não tem muito sentido.

As coisas vem, vão... e daí?

Essa pergunta vem quase sempre. Por esquecimento, falta de entendimento ou algo parecido. Se ainda conseguisse, da minha insanidade e demência, criar algo genial - como tantos grandes da história o fizeram - certamente valeria a pena tê-lo, problema, comigo. O fato é que, lógico, não há genialidade. Tampouco tem havido ideias inovadoras, diferentes e... do que eu estava falando mesmo?

Ah, sim, pensamentos.

Confiança exige entrega e espera. Não conseguir pensar facilita isso, de alguma forma, porque mesmo aquilo que levaria a uma vontade de ter o que hoje não posso ter impede que longos dramas sejam alimentados. Eles surgem porém não tem uma sequencia.

E desaparecem.

Como os sorrisos oriundos de lembranças.

Lembranças que parecem ficar mais tristes a cada dia. Pela impossibilidade. Pela distância. Pela saudade.

E por algo mais.

Fim de pensamento.

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