sábado, 14 de março de 2015

Nada

Muito pior do que não estar bem é estar perdido.

Talvez essa fosse a conclusão se estivesse falando sobre nada com ninguém. Ou, em outra possibilidade remotíssima, se fosse um escritor de coluna, como qualquer asno hoje em dia consegue ser.

Frases soltas escreverei, sem muita preocupação com o que virá pela frente aqui porque estou perdido. Sim, a frase inicial é para mim. De mim. Por mim.

Ao contrário das minhas muitas reflexões, várias delas fracassadas, a de hoje é rápida, despretensiosa e, até certo ponto, inocente.

Quero de volta algo que não sei o que era mas que, isso sei, se perdeu. E fez com que me perdesse também.

Não estou procurando respostas. Não estou em busca de uma mudança revolucionária. Tampouco coloco algum por quê vadio no início das frases como se tentasse encontrar uma sensata explicação. Não. Nada disso quero hoje. Agora. Por enquanto.

Estou perdido, só quero reencontrar o lugar tranquilo onde habitava minha mente até alguns dias atrás.

Não é só ansiedade, não é só angústia, não é só o isso que escrevi no texto abaixo. Tampouco é carência ou depressão. Não. Nada. Disso. Nada. Disso. Repito. Nada. Disso.

É crime querer que determinadas situações se resolvam rapidamente? Não. É crime querer entender alguém para conseguir se aproximar? Não. É um erro estar fazendo o que não sei fazer para tentar fugir da inércia deprimente que me cerca? Não.

Palavras. Vazias. Palavras. Inúteis. Palavras. Palavras. Palavras.

E isso continua aqui.

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