segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

O nada que persiste

Quem, em sã consciência e sem a banalidade técnica, conseguiria explicar a ausência de sequenciamento em todo e qualquer pensamento. Todos viram pó, mental, após surgirem porque... eis a grande interrogação. Talvez fosse capaz de escrever um livro se não houvesse esse problema. Romance, tragédia, crônica ou uma bobagem sem igual. Tanto faz. Escrever seria a vitória da persistência sobre a incapacidade, da vontade sobre a dificuldade e do sonhar sobre o desistir.

Eis uma vitória que não vem. E talvez nunca venha.

Explicações inúmeras existem e nenhuma satisfaz. Não há explicação, como mostram todas essas negações, que dê um conselho claro e efetivo para que haja um retorno a uma normalidade esquecida, perdida ou inconscientemente largada há anos. Anos e anos. Que não são décadas - embora não falte muito para isso.

Todo esse tango, em ritmo de rock, pop ou qualquer outra bobagem ouvida nas ruas da cidade, não deixa brecha para que haja um respiro mental capaz de produzir o que a vontade quer, o sonho almeja e o desejo impulsiona.

Tudo que poderia existir, ao começar, é barrado por algo semelhante a uma areia movediça, a um terreno coberto por 3 metros de neve fofa, a um... até as analogias deixam de surgir.

O que sobra é...

Caramba, até essa conclusão se perdeu.

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