domingo, 27 de novembro de 2011

Pedaços de um pensamento (30)

Buscar uma definição de inerte traz, inevitavelmente, diversos condicionais. Inerte é uma variável conforme o que você tem como contexto para ele porém, vem do ar a sua definição que melhor consigo encaixar em mim. Inerte, em questão de gases e, por consequência, do ar, é aquilo que não reage em condições normais. Reação como mistura, deixar-se envolver e envolver-se com o que está ao redor. Inerte estou por não conseguir me sensibilizar a um certo caos que está criado há meses na parte mais exigente da minha vida. Nada do que tenho tentado fazer tem efeito e minha mente é inerte a quase tudo que a envolve, muito ou pouco, nesses dias.

Tantos dias.

Andar junto com sucessivas ausências - e evitáveis erros - tem acentuado essa diferença entre o que não consegue provocar mudanças. Escrevo com receio de ser mal interpretado, não por possíveis ofensas e sim por preocupações demasiadas para algo que foge de responsabilidade distante daquilo que não se assimila. Entendo que estando muitas vezes no lugar errado, mesmo que sem qualquer intenção negativa, consigo encontrar os piores desfechos.

Felizmente ninguém além do meu próprio domínio é afetado com esse inerte que por vezes me domina. Cansei do morno, do simples continuar, tempo que passa e afins conformistas. Há tempos assim, recaí por influências externas daquilo que sempre foi menor preocupação. Perdi parte do meu calor e talvez essa seja a única contradição no estado em que não há reação com o que envolve.

Que o vento leve tudo o que há, então, para que possa recomeçar do frio porque, 'sejais quente ou sejais frio, não sejais morno que eu te vomito'.

Inconformado. Em silêncio.